A artista visual catanduvense Gisele Faganello possui obras em toda região e com frequência expõe seus trabalhos em diferentes países. Neste mês, a artista foi surpreendida com o Prêmio da Crítica por sua obra “Destino I”, exposta na Mostra Internacional de Arte Contemporânea “L’arte Tutela La Natura e L'umanità” (A Arte Protege a Natureza e a Humanidade), realizada em Milão, na Itália. Gisele foi a única artista brasileira premiada na mostra.
A exposição reuniu trabalhos de artistas de 12 países. “Eu já estava muito feliz de ter uma obra exposta em uma galeria de arte em Milão. Isso porque é muito difícil para artistas brasileiros se projetaram fora do país, pois existe uma grande burocracia e uma concorrência muito grande para chegar lá. Então, ter uma obra reconhecida pelo Prêmio da Crítica, dentre tantos artistas internacionais, é um passaporte muito especial para minha vida artística”, relata Gisele.
A artista conta que “Destino I” é uma tela de 60 x 80 centímetros, feita em tinta acrílica, que faz parte de uma série com outros quadros. “Ela faz parte da série ‘Fluir’, na qual uso muitas formas. A tela é em estilo contemporâneo, com imagens de flores e folhas. Essa miscelânea de signos, em torno dessa imagem, trouxe muita vida”, relata. A artista conta que se inspirou na natureza para compor a obra. “O nome da exposição já falava de natureza. Então, busquei transmitir o quanto ela é importante para nós, por meio dessa mistura de flores e folhas que retratei”, complementa.
Essa nova incursão internacional da catanduvense ocorreu por meio de curadoria da brasileira Rosita Cavenaghi, da Marcelo Neves Art Gallery, de São Paulo. “A galeria do Marcelo Neves, por meio da sua curadora, selecionou seis artistas brasileiros. Diretamente de Milão, a curadora da Galeria Milanese, Roseli Crepaldi, me parabenizou dizendo que a minha obra foi escolhida por uma comissão formada por um grupo de críticos de alto padrão”, recorda. A obra premiada irá compor o catálogo italiano de arte contemporânea, distribuído aos principais estúdios de design e arquitetura de Milão.
Gisele se considera uma artista visual, porque além de esculturas também investe em outros campos da arte. “Faço telas nos estilos contemporâneo, acadêmico e abstrato. Já as esculturas vão desde esculturas de mesa, de parede, até esculturas de sustentabilidade, com gravetos. Outro estilo que está em alta são adornos de mesa, algo muito forte para arquitetos. Algumas dessas obras, por exemplo, serão usadas por esses profissionais em uma mostra de arquitetura e design, no próximo mês, em Rio Preto”, conta.
A artista participa de mostras individuais e coletivas. Seus trabalhos já foram expostos em mostras internacionais, como: Spectrum (Miami - EUA); ArtExpo (Nova Iorque - EUA); Carrousel du Louvre (Paris - França); Galeria do Workshop de Viena (Viena - Áustria), dentre outras.
Atualmente, Gisele Faganello participa da mostra coletiva “É tempo de travessia II”, em Alphaville, e também expõe suas obras na exposição “Sentimentos”, que vai até 25 de junho, na Estação Cultura, em Catanduva.
‘Destino I’ é uma tela de 60 x 80 centímetros inspirada em uma mistura de flores e folhas (Reprodução)