Monumento de 3m de altura fica no jardim do Teatro Municipal Aniz Pachá
Rita FernandesPublicado em 22/10/2021 às 21:12Atualizado em 23/10/2021 às 07:27
A artista visual Gisele Faganello presenteou a população de Catanduva com a primeira escultura contemporânea pública, instalada no jardim do Teatro Municipal Aniz Pachá. Com 3m de altura e feita em aço, a obra “Viver Arte” é compatível com monumentos existentes nas principais cidades do mundo, como Nova York.
Assinar uma escultura pública na cidade que vive desde os 7 anos de idade é a realização de um sonho da artista, que é natural de Palmares Paulista. “Eu amo Catanduva e sempre pensei que a cidade precisava ter um monumento público, a exemplo do que vejo nos Estados Unidos e Europa. As esculturas contemporâneas estão em alta em todas as cidades do mundo, e a população catanduvense merece ter esse contato com arte democratizada, ao ar livre, sem a necessidade de entrar em uma galeria fechada”, observa Gisele.
A obra ganhou forma por meio de recursos remanescentes da Lei Emergencial Aldir Blanc (Nº 14.017/2020), conforme edital de Incentivo as Artes (Projeto 001/2021). “A Prefeitura recebeu 114 projetos, sendo 28 selecionados em diversas áreas, como música, dança, arte e outros. Como venci pela categoria artes visuais, eu poderia ter ficado com a obra, mas resolvi presentear a cidade, colocando a escultura à disposição da Secretaria Municipal de Cultura. E a secretaria optou por colocá-la no jardim do Teatro Municipal Aniz Pachá, que é o principal ponto cultural”, explica.
Depois do projeto aprovado, Gisele buscou peças de reaproveitamento no próprio município, trabalhando a reutilização da sucata dentro da visão estética do artista. “Optei pelo vermelho porque é a cor tendência das estátuas contemporâneas que estão em Nova York e a batizei com o nome de ‘Viver Arte’ porque é o que eu mais faço: eu vivo a arte o tempo todo”, afirma.
Instagramático
O trabalho também tem o conceito instagramático, ideal para fotos individuais e em família ou amigos, para postagens nas redes sociais. “Devemos olhar o espaço urbano como uma grande tela em cinza, crua, ainda a ser trabalhada artisticamente. Basta querermos”, diz.
A escultura busca embelezar o ambiente urbano, além de envolver a cultura e o incentivo que proporciona à população que pode conhecer diferentes linguagens e manifestações artísticas. “É através da arte que o ser humano formata o seu senso artístico, estético, inicia e amadurece o seu processo de análise e crítica que poderá ser aplicado no seu mundo real”, afirma a artista, que também é engenheira e jornalista.